....Electra 16 / Identity(ies)..Electra 16 / Identidade(s)....

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Identity(ies) is one of the great political questions of our time and the central theme of the 16th issue of Electra, marking the fourth year of this project. In recent decades, the concept of Identity(ies) has expanded vastly in the social, cultural and political fields as both a cause and instrument of activist movements and in theoretical developments in the various branches of cultural studies. Gender, sexuality, "race", ethnicity, culture and nationality are territories which appeal to a feeling of belonging while also defining a struggle for recognition. Interviews with Éric Marty, Francisco Bethencourt and Nathalie Heinich, and texts by Diogo Ramada Curto, Félix Duque, Frédéric Neyrat and Olivia Rosenthal all revolve around identity issues.

In “In the First Person” section, Afonso Dias Ramos interviews Catherine Malabou, one of the most prominent philosophers of this century, covering a wide range of issues relating to contemporary critical thought such as neuroscience, feminism, Artificial Intelligence, cryptocurrencies, epigenetic trauma and sexual pleasure.

The Portfolio featured in this issue is by Jorge Queiroz, a skilled draughtsman and highly original painter whose work constructs a personal contemporaneity in dialogue with the artistic movements that have shaped our modernity. The portfolio is accompanied by a text by curator Antonia Gaeta.

A new section, “Planisphere”, presents an essay-feature in which musician, programmer and editor Pedro Gomes talks to artists involved in Creole rap, revealing stories from the outer suburbs of Greater Lisbon and the South Bank. This piece also features images taken for Electra by photographer Diogo Simões and a brief history of Creole rap in Portugal by anthropologist Otávio Raposo.

Also in Electra 16, novelist Almeida Faria makes an incursion into the diaristic genre on the basis of a sojourn in Munich, paying tribute to literary fiction and, in particular, to the writer Hans Magnus Enzensberger while casting a critical eye over Portugal; Indian writer and photographer Mayank Austen Soofi guides us through Old Delhi, the historic quarter of India's capital; essayist, philosopher, poet and playwright Jean-Christophe Bailly offers a text about the not so evident relationship between literature and architecture; and writer Cristina Fernandes interprets an aphorism by Paul Valéry.

Also in this issue, dancer, choreographer and editor João dos Santos Martins relates some surprising stories connected to the first visit to Portugal of Merce Cunningham's dance company in 1966; Ivan Nunes writes about Three Floors, the latest film by director Nanni Moretti; Golgona Anghel writes about The Little Virtues, a book by writer Natalia Ginzburg; and, in the “Dictionary of Received Ideas”, António Guerreiro discusses the word “Empathy”.

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Softcover, 27 x 20 cm, 256 pages



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Identidade(s) é uma das grandes questões políticas do nosso tempo e é o tema central do número 16 da Electra, edição que assinala os quatros anos de vida deste projecto. Identidade(s) é um conceito que conheceu nas últimas décadas uma enorme projecção tanto no campo social, cultural e político, enquanto causa e instrumento de movimentos reivindicativos, como nas elaborações teóricas produzidas pelos vários ramos dos estudos culturais. Género, sexualidade, «raça», etnia, cultura e nacionalidade são territórios que fazem apelo a um sentimento de pertença, ao mesmo tempo que determinam uma luta pelo reconhecimento. Em torno das questões identitárias são reunidas entrevistas a Éric Marty, Francisco Bethencourt e Nathalie Heinich, e textos de Diogo Ramada Curto, Félix Duque, Frédéric Neyrat, Olivia Rosenthal.

Na secção “Primeira Pessoa” é entrevistada Catherine Malabou, uma das filósofas mais destacadas deste século. Em conversa com Afonso Dias Ramos, Catherine Malabou percorre os temas mais variados do pensamento crítico contemporâneo, da neurociência ao feminismo, da Inteligência Artificial às criptomoedas, do trauma epigenético ao prazer sexual.

O Portfolio deste número é da autoria de Jorge Queiroz, exímio desenhador e originalíssimo pintor que na sua obra constrói uma contemporaneidade pessoal, em diálogo com os movimentos artísticos que configuraram a nossa modernidade. Este portfólio é acompanhado por um texto da curadora Antonia Gaeta.

Uma nova secção, “Planisfério”, apresenta um ensaio-reportagem, em que o músico, programador e editor Pedro Gomes fala com artistas que nos aproximam do rap crioulo, contando-nos histórias que se passam em bairros da Grande Lisboa e da Margem Sul. Este trabalho dá-nos também a conhecer as imagens realizadas para a Electra pelo fotógrafo Diogo Simões. O antropólogo Otávio Raposo faz nesta secção uma breve história do rap crioulo em Portugal.

Na Electra 16, o romancista Almeida Faria faz uma incursão no registo diarístico e, a partir de uma estadia em Munique, homenageia a ficção literária e, em particular, o escritor Hans Magnus Enzensberger, e lança um olhar crítico sobre Portugal; o escritor e fotógrafo indiano, Mayank Austen Soofi, guia-nos através da Velha Deli, o quarteirão histórico da capital da Índia; o ensaísta, filósofo, poeta, e dramaturgo, Jean-Christophe Bailly escreve um texto sobre as relações pouco evidentes entre literatura e arquitectura; e a escritora Cristina Fernandes interpreta um aforismo de Paul Valéry.

Ainda nesta edição, o bailarino, coreógrafo e editor João dos Santos Martins assinala a primeira passagem da companhia de dança de Merce Cunningham, em Portugal, e conta-nos o que se passou naquelas noites surpreendentes de 1966; Ivan Nunes escreve sobre Três Andares, o último filme do realizador Nanni Moretti; Golgona Anghel escreve sobre As Pequenas Virtudes, livro da escritora Natalia Ginzburg; e, no “Dicionário das Ideias Feitas”, António Guerreiro aborda a palavra “Empatia”.

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Capa mole, 27 x 20 cm, 256 páginas

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....”(…) what ten years ago we called ‘culture’, from an anthropological point of view, we now call ‘identity’. ..(…) o que há dez anos qualificaríamos de “cultura”, de um ponto de vista antropológico, hoje qualificamos como identidade. ....
— Nathalie Heinich
 
 
....This artificial belief, interestingly disseminated through family upbringing, education and indoctrination, has its origin in a mythically-reinforced belief (e.g. the Fatherland as an arche). ..Esta crença artificial, deliberadamente difundida através da família em que se cresce, da educação e da doutrinação, provém de uma crença miticamente reforçada (por exemplo, a Pátria como um arché). ....
— Félix Duque
 
 
....(…) empowerment, agency (agency of doing), enabling... In fact, this vocabulary is not exclusive to the corporate world. In the United States, it can be found in the grand rhetoric employed by international institutional powers to manage development aid policies, as well as among activists for minority groups with the aim of boosting the autonomy of very marginalized populations. The most productive source of this language appears to be advertising. ..Por exemplo, empowerment, agency (agency of doing), enabling… Na verdade, este vocabulário não é apenas o do discurso empresarial. Nos EUA, encontramo-lo também nos grandes discursos dos poderes institucionais internacionais encarregados das políticas de ajuda ao desenvolvimento, mas também no discurso dos activistas dos grupos minoritários em prol da autonomização das populações marginalizadas. Mas talvez a sede mais produtiva desta língua seja o discurso publicitário. ....
— Éric Marty
....There is a text by Heidegger that says that in philosophy we only have one idea. I think this is true. Seldom does a philosopher have several ideas. There is one idea, fundamentally, and a kind of forest opens around it very unexpectedly and very mysteriously. Thought is not restricted just because there is only one idea. On the contrary, the fewer ideas you have, the greater the forest will be. ..Há um texto de Heidegger que afirma que na filosofia apenas temos uma ideia. Acho que é verdade. É raro um filósofo ter várias ideias. Existe uma, fundamentalmente, e uma espécie de floresta abre-se em redor de um modo muito inesperado e muito misterioso. O pensamento não fica restringido apenas porque há uma só ideia. Pelo contrário, quanto menos ideias tiver, maior será a floresta. ....
— Catherine Malabou
 
 
....Because my biological clock wakes me up at the slightest promise of sunlight, I emerge from a dream in which a glass slips from my hands and the mental gesture of trying to catch it starts me awake with a feeling of relief. In Portuguese (as in English), the verb slip exempts us from all responsibility. This says a lot about cultures that know nothing of guilt. Do other languages have a similar exemptive effect? ..Porque o meu relógio biológico me acorda à mais leve promessa de sol, saio de um sonho em que um copo de vidro se me escapa das mãos e o gesto mental de evitar que ele se parta acorda-me aliviado. Em português (como em inglês) o verbo escapar liberta-nos de responsabilidades. Não sei quantas línguas haverá assim dotadas para desresponsabilizar quem as fala. Se deixo cair um copo, a culpa não foi minha, foi do copo que se me escapou ou me fugiu das mãos. O que diz muito sobre culturas que ignoram a culpa. ....
— Almeida Faria
 
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    Director / José Manuel dos Santos
    Editor / António Guerreiro
    Portfolio / Jorge Queiroz
    Published by Fundação EDP
    Spring 2022

    Softcover, 27 x 20 cm, 256 pages

    ISBN 978 989 53370 64

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    Director / José Manuel dos Santos
    Editor / António Soares
    Portfólio / Jorge Queiroz
    Publicado por Fundação EDP
    Primavera 2022

    Capa mole, 27 x 20 cm, 256 páginas

    ISBN 978 989 53370 71

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